Os irmãos Jett e Hunter Lawrence voltaram a levar a Austrália ao topo do motocross mundial ao dominar o Monster Energy FIM Motocross of Nations 2025. Os Estados Unidos e a França completaram o pódio, enquanto a Espanha alcançou o décimo lugar.
O sol brilhou sobre o circuito de Ironman Raceway para a 78ª edição do Monster Energy FIM Motocross of Nations, em um dia que ficará na memória como um dos mais quentes e vibrantes dos últimos anos. A atmosfera era simplesmente imbatível: milhares de fãs encheram o local para testemunhar como o motocross mundial se uniu novamente em um show de velocidade, habilidade e orgulho nacional.
E, mais uma vez, a Austrália provou ser a nação a ser a vencer. Os atuais campeões cumpriram as previsões e dominaram do início ao fim, com Jett e Hunter Lawrence dividindo as vitórias nas três rodadas e conquistando as categorias MXGP e Open, respectivamente. Seu companheiro Kyle Webster, apesar de duas quedas iniciais em cada partida, soube se refazer com determinação para garantir que o resultado global não deixasse dúvidas: Austrália campeã mundial pelo segundo ano consecutivo.
Energia FIM Motocross das Nações 2025
O duelo pelo segundo lugar foi de filme. Estados Unidos e França ofereceram uma batalha de infarto até a última volta do dia, empatando finalmente em pontos, mas com o desempate favorecendo a equipe da casa graças ao segundo lugar de Eli Tomac na terceira rodada.
Individualmente, Kay de Wolf brilhou novamente pela Holanda, conquistando o título na categoria MX2 pelo segundo ano consecutivo, apesar da baixa de seu companheiro Glenn Coldenhoff por uma queda no sábado.
Antes das corridas principais, o público desfrutou da tradicional B-Final, vencida pela Estônia, graças às fortes atuações de Harri Kullas e Jörgen-Matthias Talviku. O canadense Jess Pettis levou a vitória individual, embora sua equipe não pudesse acompanhá-lo nas posições de honra.
O dia começou oficialmente com uma cerimônia de abertura espetacular. As 40 nações participantes foram recebidas com entusiasmo por uma multidão em chamas, e o momento mais emocionante veio com a interpretação do hino americano pelo cantor local e finalista do American Idol, Luke Menard, que fez o recinto vibrar antes que os motores rugissem pela primeira vez.
Na pista, Jett Lawrence confirmou dos treinos que seria o homem a vencer, marcando o melhor tempo do warm-up por mais de um segundo sobre Tim Gajser, enquanto Justin Cooper surpreendeu com um terceiro melhor tempo no grupo combinado de 250 e 450cc. Já na corrida, Jett não deu descanso: um retorno implacável o levou à vitória na primeira corrida depois de superar o belga Lucas Coenen e o próprio Gajser.
A segunda corrida foi território de Hunter Lawrence, que se recuperou de uma saída errática para impor um ritmo devastador e deixar para trás adversários como Jan Pancar, Jo Shimoda e RJ Hampshire. Apesar de novos contratempos para Webster, seu avanço do fundo para o décimo cargo foi fundamental para manter a Austrália na liderança do placar.
O desfecho veio no MXGP/Open, com um início acidentado que deixou Jett Lawrence na décima primeira posição após um confronto com Isak Gifting, mas o australiano se recuperou com um dos retornos mais espetaculares do dia. Enquanto isso, seu irmão Hunter já havia tomado a liderança depois de ultrapassar Shimoda, selando assim o domínio absoluto dos Lawrences. Tomac tentou de tudo pela honra americana, mas teve que se contentar com o segundo lugar, o que confirmou a consagração australiana com 14 pontos de vantagem sobre o time da casa.
O pódio foi completado com a França, sólida e consistente apesar da inexperiência de seu piloto MX2, e atrás ficaram Bélgica, Itália e uma surpreendente Suécia que alcançou seu melhor resultado desde 2002.
Na premiação, Jett Lawrence foi reconhecido como o melhor do MXGP, Hunter Lawrence no Open, e Kay de Wolf no MX2, consolidando o domínio da nova geração. Os troféus foram entregues por Jorge Viegas, presidente da FIM, junto com o diretor Antonio Alia Portela, o presidente da AMA Rob Dingman e o CEO da Infront Moto Racing David Luongo, que concedeu os tradicionais MXoN Champions’ Rings aos vencedores.
Para coroar o momento, a lenda Ricky Johnson entregou seu prêmio exclusivo “Bad Boy Club Award” aos vencedores individuais, homenageando os pilotos mais destacados do evento.
- Jett Lawrence (Team Australia): “Foi um fim de semana incrível. Na primeira corrida caí mais vezes do que o normal, mas compensamos na última. Estou feliz, grato a toda a equipe e aos fãs tanto na Austrália quanto aqui nos Estados Unidos. Kyle e Hunter foram incríveis, e poder compartilhar esse triunfo com eles é algo que nunca esquecerei.”
- Justin Cooper (Team USA): “A Austrália foi muito forte. Demos tudo de nós, lutamos até o fim e ficamos muito próximos. Assim é o motocross, imprevisível e emocionante. Ficamos com o positivo e voltaremos mais fortes.”
- Maxime Renaux (Team France): “Foi um fim de semana difícil, mas gratificante. Romain e Mathis foram excelentes, e embora quiséssemos a vitória, estar no pódio em uma edição tão competitiva é motivo de orgulho”.
MXoN 2025: Equipe Espanhola
A Equipe Espanhola mostrou uma atuação combativa e cheia de garra nesta 78ª edição do Monster Energy FIM Motocross of Nations, deixando claro que o motocross ibérico continua crescendo e se consolidando entre as grandes potências. Embora as esperanças de lutar pelo topo da classificação tenham sido truncadas pela infeliz queda de Rubén Fernández quando ele estava entre os dez primeiros na última rodada e por uma penalidade a Francisco García de 13 posições devido ao excesso de ruído no escapamento de sua moto. Farrés assinou uma atuação de destaque na primeira corrida, terminando 16º e somando pontos importantes para manter a Espanha entre as dez melhores equipes do mundo. Finalmente, a equipe espanhola terminou na décima posição.
Em suma, o Monster Energy FIM Motocross of Nations 2025 ofereceu um espetáculo incomparável: emoção, drama e a essência pura do motocross.A Austrália continua no topo, e o mundo já aguarda ansiosamente o retorno do evento a Ernée em 2026, onde uma nova batalha de nações promete escrever outro capítulo lendário na história do esporte.