Bajaj pretende cortar 50% das despesas, incluindo o orçamento de competição
Rajiv Bajaj, CEO da Bajaj Auto, o novo proprietário da KTM, afirmou numa entrevista que vai cortar as despesas em várias áreas, incluindo o orçamento desportivo, em 50%, e sugeriu que o antigo proprietário, Stefan Pierer, foi ganancioso e geriu mal o desenvolvimento da empresa.

O CEO da Bajaj Auto, empresa que deverá assumir o controlo total da KTM em novembro, revelou os seus planos, e são preocupantes. Em entrevista, Rajiv Bajaj afirmou que irá reduzir os custos até 50% em vários departamentos, incluindo o de corridas, o que impacta diretamente todas as equipes KTM, como a formação de fábrica da MotoGP e a sua equipa satélite Tech3, e poderá bem afetar também as semi-privadas como a Ajo de Moto2 e Moto3 e, em última análise, todas as equipas e copas que utilizam a moto austríaca.
“Vemos uma oportunidade de reduzir custos em mais de 50%, em I&D, marketing, operações e administração geral. Curiosamente, dos 4.000 funcionários da KTM, apenas cerca de 1.000 são operários. Isto é intrigante, pois são os operários que constroem as motos”, explicou Rajiv Bajaj, CEO da Bajaj Auto, em entrevista à CNBC-TV18, em Mumbai, na Índia.
Rajiv Bajaj culpou o anterior CEO Stefan Pierer pela falência da empresa, afirmando:. “(…) a principal razão para a ruína de uma empresa é a ganância (e) testemunhei isso na KTM nos últimos doze meses.” Bajaj continuou tecendo algumas considerações sobre a aprovação final de aquisição pela comissão europeia, terminado por dizer: “Estes fatores combinaram-se para levar a KTM à falência numa questão de meses.”

Quando o CEO da Bajaj Auto foi questionado sobre como iria conseguir as reduções que propôs, respondeu: “É muito fácil de alcançar. Vemos uma oportunidade de reduzir os custos indiretos em mais de 50%, incluindo investigação e desenvolvimento, marketing (incluindo as corridas), operações e administração geral”, explicou.
Perante este cenário, o novo dono da Tech3, Günther Steiner, já declarou que está a considerar um “plano B”, que implicaria recorrer a outra marca para assegurar a continuidade da equipa francesa que recentemente adquiriu. Pelo lado da Copa de Iniciação Red Bull Rookies, seria, no mínimo, irónico se a continuidade das séries fosse ameaçada justamente quando nos preparamos para ter de novo um português, Afonso Almeida, a integrar as fileiras dos rookies.





