Suzuki está desenvolvendo uma moto off-road elétrica
A Suzuki está desenvolvendo uma moto off-road elétrica, na tentativa de se reencontrar com o mundo das corridas de motocross.
A Suzuki é uma das fabricantes históricas do mundo das corridas de motocross, tendo conquistado o seu primeiro título mundial em 1970 com Joel Robert no Campeonato do Mundo de 250cc. Agora, a marca procura fazer parte da nova era das motos off-road, com o lançamento iminente da sua primeira moto elétrica de motocross.
A marca de Hamamatsu não tem sido uma presença relevante nas corridas de motocross desde 2018, após ter abandonado o Campeonato Mundial de Motocross no final de 2017. Apesar de continuar presente nos EUA, onde ainda vence corridas do AMA Supercross com Ken Roczen, o apoio da fábrica à equipa HEP Motorsports, que corre com a RM-Z 450, tem sido mínimo.
No entanto, o envolvimento da Suzuki parece prestes a aumentar, embora não do lado dos motores a combustão.
Pedidos de patente publicados pela revista Cycle World revelaram que a Suzuki está a trabalhar numa moto de motocross elétrica.
As patentes não detalham as baterias que a moto irá utilizar, mas fornecem informações sobre a transmissão, que usa engrenagens de redução para diminuir a potência do motor antes de chegar ao pinhão de ataque da transmissão final. O layout das engrenagens é específico da Suzuki, com o objetivo de minimizar o tamanho de todo o sistema de propulsão, de forma que este não seja mais largo do que o necessário.
A estrutura que a Suzuki parece pretender usar é a da atual RM-Z de combustão interna, e o tamanho reduzido da transmissão permite que a corrente seja posicionada da mesma forma, o que significa que o braço oscilante pode inclusivamente ser o mesmo.
Quando a Suzuki anunciou a sua saída do MotoGP, afirmou que o fez para se poder focar nas motos elétricas. No asfalto, as motos elétricas ainda têm dificuldades em competir com as convencionais em termos de praticidade, com tempos de recarga longos combinados com autonomias relativamente curtas, razão pela qual também muitos motociclistas preferem as máquinas de combustão interna.