Depois de quatro anos competindo no Mundial de Enduro, o capixaba Bruno Crivilin retornou ao Brasil para competir por completo o Brasileiro de Enduro. Líder absoluto, invicto e matematicamente coroado como campeão, o piloto da Honda tem em suas mãos uma máquina poderosa e rápida, que contribuiu na sua jornada para mais um título nacional;
Bruno Crivilin tem uma carreira invejável no enduro, acumulando dez títulos brasileiros, participações inesquecíveis no Six Days, representando o Brasil, e quatro anos acelerando no Mundial de Enduro, com resultados incríveis. Nesta temporada, ele retornou definitivamente para o Brasil para competir no Brasileiro e buscar mais um título para o seu currículo. E antes do término da temporada, está matematicamente com o título nas mãos, seguindo invicto no campeonato.
Utilizamos suspensões da W-Tech, na dianteira e traseira. Estão acertadas para o nosso tipo de pilotagem e ao nosso peso, com molas específicas para cada um. Uso a suspensão bem mais firme do que a original da moto. Como a gente impõe muita velocidade, o sistema tem que nos passar segurança. Então, quando estamos na trilha mais lentos, sinto dificuldade, pois ela é muito dura. Mas na hora que preciso acelerar, é mais segura e vantajosa, ela me passa isso. Para prender as bengalas, utilizamos mesas X-Trig, com o mesmo posicionamento original, mas sendo mais rígidas, evitam a torção em alguma pancada.
Temos três mapas: um original, que é um que vem na moto; o mapa 2, que é um pouco mais tranquilo, para quando eu tiver mais dificuldade de achar a tração; e o mapa 3, que é mais agressivo, quando preciso de mais potência na roda. Consigo trocar o mapa de acordo como estou andando durante o dia.
Quanto ao motor, uso a embreagem hidráulica da marca italiana Valentin, que me acompanha desde o Mundial. Temos escapamento da Akrapovic, que nos dá mais baixa. Quando a moto está no início da aceleração, dá mais força, e a gente precisa muito disso. Também utilizamos um protetor de motor AXT, que é maior e mais robusto, protegendo mais, mesmo a gente evitando bater em alguma coisa que pode levar à quebra de alguma peça do motor. O protetor também protege o link da moto. E ainda utilizamos protetores de radiadores, para evitar amassamentos ou outros danos. E substituímos a tampa da embreagem por uma da Rekluse, mais resistente, apesar do sistema interno ser original.
O banco também foi substituído, mas mantida a altura e com espuma mais dura, que eu prefiro. Na relação nós utilizamos coroa Durag e corrente D.I.D. com retentor, mais resistente. As pedaleiras são de titânio, com fixação um pouco mais para trás, uns 5 mm, que me ajuda a passar o meu peso um pouco mais para trás da moto, para conseguir tração. E por falar em tração, a equipe utiliza pneus Kenda e mousse da marca Nitro”, finaliza Crivilin.
Deu para perceber que as alterações foram realizadas mais para acomodar melhor o piloto e para o seu estilo de pilotagem, sinalizando que este modelo da Honda tem grande desempenho mesmo com itens originais.