Top Bike, Honda CRF 250RX, Bruno Crivilin

Top Bike, Honda CRF 250RX, Bruno Crivilin

Depois de quatro anos competindo no Mundial de Enduro, o capixaba Bruno Crivilin retornou ao Brasil para competir por completo o Brasileiro de Enduro. Líder absoluto, invicto e matematicamente coroado como campeão, o piloto da Honda tem em suas mãos uma máquina poderosa e rápida, que contribuiu na sua jornada para mais um título nacional;

Bruno Crivilin tem uma carreira invejável no enduro, acumulando dez títulos brasileiros, participações inesquecíveis no Six Days, representando o Brasil, e quatro anos acelerando no Mundial de Enduro, com resultados incríveis. Nesta temporada, ele retornou definitivamente para o Brasil para competir no Brasileiro e buscar mais um título para o seu currículo. E antes do término da temporada, está matematicamente com o título nas mãos, seguindo invicto no campeonato.

Em suas mãos está a poderosa e rápida Honda CRF 250RX, que o tem acompanhado desde o Mundial. Com pequenas alterações, mais para acomodar melhor o jovem campeão, sua Honda tem características exclusivas e alguns itens especiais. Decidimos apresentar essa máquina vencedora, e convocamos ninguém menos que o próprio Crivilin para falar dos detalhes da sua companheira. Acompanhe a seguir o depoimento do campeão.
“Vamos começar falando da dianteira. Utilizamos discos de freios 4Win, lembrando que cada piloto usa um modelo diferente, aquele que prefere. Pode ser um freio mais agressivo ou um mais suave, eu gosto um pouco mais suave na dianteira, para frear um pouco menos do que normalmente freia. Na traseira, utilizo um disco fechado, que evita o travamento da roda.
 

Utilizamos suspensões da W-Tech, na dianteira e traseira. Estão acertadas para o nosso tipo de pilotagem e ao nosso peso, com molas específicas para cada um. Uso a suspensão bem mais firme do que a original da moto. Como a gente impõe muita velocidade, o sistema tem que nos passar segurança. Então, quando estamos na trilha mais lentos, sinto dificuldade, pois ela é muito dura. Mas na hora que preciso acelerar, é mais segura e vantajosa, ela me passa isso. Para prender as bengalas, utilizamos mesas X-Trig, com o mesmo posicionamento original, mas sendo mais rígidas, evitam a torção em alguma pancada.

Temos três mapas: um original, que é um que vem na moto; o mapa 2, que é um pouco mais tranquilo, para quando eu tiver mais dificuldade de achar a tração; e o mapa 3, que é mais agressivo, quando preciso de mais potência na roda. Consigo trocar o mapa de acordo como estou andando durante o dia.

Quanto ao motor, uso a embreagem hidráulica da marca italiana Valentin, que me acompanha desde o Mundial. Temos escapamento da Akrapovic, que nos dá mais baixa. Quando a moto está no início da aceleração, dá mais força, e a gente precisa muito disso. Também utilizamos um protetor de motor AXT, que é maior e mais robusto, protegendo mais, mesmo a gente evitando bater em alguma coisa que pode levar à quebra de alguma peça do motor. O protetor também protege o link da moto. E ainda utilizamos protetores de radiadores, para evitar amassamentos ou outros danos. E substituímos a tampa da embreagem por uma da Rekluse, mais resistente, apesar do sistema interno ser original.

O banco também foi substituído, mas mantida a altura e com espuma mais dura, que eu prefiro. Na relação nós utilizamos coroa Durag e corrente D.I.D. com retentor, mais resistente. As pedaleiras são de titânio, com fixação um pouco mais para trás, uns 5 mm, que me ajuda a passar o meu peso um pouco mais para trás da moto, para conseguir tração. E por falar em tração, a equipe utiliza pneus Kenda e mousse da marca Nitro”, finaliza Crivilin.

Deu para perceber que as alterações foram realizadas mais para acomodar melhor o piloto e para o seu estilo de pilotagem, sinalizando que este modelo da Honda tem grande desempenho mesmo com itens originais. 

Adalto Gomes Filho

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