EI24, Rosa Freitag confirma sua participação

EI24, Rosa Freitag confirma sua participação

    “Estou ansiosa! Adoro regularidade, mas não dava conta de fazer as provas na trilha, era frustrante, mas mesmo assim participei do EI de 2017. Sempre reivindiquei uma categoria mais suave ou para motos big, enfim chegou o momento!”

Foi assim, entusiasmada, que Rosa Freitag, paulistana, 54 anos, que é guitarrista, tem um estúdio de ensaios em casa em São Paulo, é tradutora de inglês e tem uma pousada rural em Campos do Jordão, recebeu a informação da inclusão da categoria big trails no 42º Enduro da Independência e tratou logo de confirmar participação na prova de setembro: “Fiquei sabendo através de grupos de motociclismo off road no whatsapp e logo fui obter mais informações no site do evento e diretamente com o Lúcio (organizador da prova)”

A Edição Internacional do EI será disputada de 4 a 7 de setembro de 2024, entre as cidades de Ouro Branco, Lavras e Baependi.

Ainda dá tempo de fazer a sua inscrição. Clique aqui

Conheça melhor a piloto que brilha pelo pioneirismo, convida mais mulheres a participar da modalidade e conta um pouco de sua expressiva trajetória no esporte.

EI: Você tem participado de provas ou eventos de big trail?

Rosa na África do Sul

ROSA: “Eu fui pioneira ao participar do primeiro BMW GS Trophy com categoria feminina, em 2015 na África do Sul! A seleção foi feita por vídeos e, na época, eu estava começando a andar de big trail no offroad e também a participar de enduros FIM e cross country na Copa EFX organizados pelo Fabião (Fabio Simões), que foi um grande incentivador para as mulheres participarem nessas modalidades!

Treinei bastante na pista do Trinity, em Mogi-Guaçu. Ele havia participado do GS Trophy no Canadá em 2014 e montou um circuito com vários exercícios. Tudo era uma grande novidade aqui no Brasil, pouca gente andava no offroad de big trail. Essa cena foi evoluindo e nos últimos anos surgiu o Bites, que é no estilo do enduro FIM para big trails.

Eu participei da primeira edição (acho que em 2019) e todo ano participo pelo menos de uma etapa. Mas no Bites sempre fui com uma Kawasaki 250 D Tracker preparada para trilha. Pois não tenho estrutura e preparo físico para tocar uma moto pesadona em trilhas mais complicadas. Também pela questão da altura. Eu tenho 1,60m, então é só a ponta de um pé que consigo apoiar! E recentemente também incluíram a categoria motos no Rally Transparaná, que é regularidade, uma prova de cinco dias, sensacional, com navegação exigente. Ano passado éramos seis mulheres e fiquei em terceiro lugar, e este ano fui campeã, correndo com uma BMW G650 XChallenge. Sempre que consigo, participo de etapas do Paranaense de Regularidade, o único que tem categoria Big Trail, que eu saiba…”

EI: Quais fatores a motivaram a disputar a prova este ano e qual sua expectativa?

ROSA: “O que me motiva a participar é, novamente, a sensação de pioneirismo, de fazer parte desse marco, que eu espero que se consagre como categoria e que venha a incluir as diversas subcategorias para tornar a competição mais justa. No meu caso, Categoria Feminina Over 55 pro ano que vem rs”

“Eu já estava decidida a parar de fazer muita loucura no off com a moto mais pesada que tenho, a Triumph Scrambler 1200 XE. É uma moto fantástica no offroad. Participei com ela de enduros de regularidade no Paraná e no enduro do “Crubinho” do Trinity, e foi super bem. Como o regulamento pede motos acima de 700cc, é com ela que vou para o EI… então é um desafio maior para mim competir com essa moto. Com a 650 eu me sentiria bem mais confortável… mas não nego um desafio! Ainda mais o desafio de participar do primeiro Independência em Big Trail!

Minha expectativa é concluir cada etapa da prova com bastante foco na navegação e cuidado para não cair ou errar, pois é impossível eu conseguir levantar essa moto, e fazer retornos também é complicado. E no regularidade esses segundos ou minutos perdidos são cruéis!

Também espero incentivar pilotos, mulheres, homens, de todas as idades, a terem essa experiência de participar do EI e de se apaixonarem por regularidade”.

Como foi sua experiência no EI em 2017, quais as principais lembranças?

 

No Enduro da Independência, em Aparecida do Norte (SP)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ROSA: “O EI de 2017 saiu de Aparecida e logo na primeira etapa eu errei a navegação. Estava com uma Kawasaki KLX140, a moto não tinha força pra subir aqueles morrões… esperei o limpa-trilha me achar. Demorou, mas achou… eu tinha muito pouca experiência em navegação, tinha feito algumas etapas da Copa Vale(SP) mas ainda era tudo uma novidade, a planilha eletrônica. E eu só tinha feito poucas trilhas e enduros. O nível técnico da prova era muito acima da minha capacidade. Mas mesmo assim, todos os dias consegui andar um trecho e foi uma grande alegria dividir o pódio com minha amiga Janaína Souza, que se tornou campeã europeia em big trail e esse ano vem correr o Sertões com uma Tenere 700, e com a Líbera Costabeber, que hoje também compete no Bites de big trail”.

Adalto Gomes Filho

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *