Race Test – Kawasaki KLX 300R

Race Test – Kawasaki KLX 300R

Surpreendendo o mercado, a Kawasaki Brasil apresentou recentemente sua novidade para o off-road, a KLX300R, modelo que retornou recentemente ao lineup mundial da marca e foi nacionalizado para o mercado brasileiro. Tivemos a oportunidade de acelerar essa máquina que promete mexer com o off-road nacional.

Como vocês têm acompanhado nos últimos anos, a Kawasaki Brasil tem oferecido ao mercado brasileiro seus modelos off-road nacionalizados, contribuindo na oferta de produtos mais acessíveis, das linhas KX (motocross) e KX-X (cross country). Na linha motocross, seus modelos foram recentemente totalmente renovados, primeiro a KX450, na linha 2024, e a KX250 2025.

Mas a marca surpreendeu novamente o mercado ao anunciar em setembro o lançamento do modelo KLX300R, também nacionalizado e com preço acessível, que chega no mercado para enfrentar duras oponentes, a Honda CRF 250F e a Yamaha TT-R 230, lembrando que o modelo da Honda tem tido grande participação no esporte nacional, inclusive conquistando títulos, como no Sertões, sinalizando o seu grande desempenho. Portanto, a nova Kawasaki tem um grande desafio pela frente.Tendo como plataforma a KLX300 de uso misto, a versão R se apresenta como uma ponte entre a motocicleta do fim de semana e uma máquina de competição, totalmente pronta para as corridas, devido às suas características: leveza, grande desempenho, facilidade em pilotar e durabilidade para a prática do off-road.

O visual é agressivo, similar aos modelos de competição. Possui ajuste ERGO-FIT, com 4 posições para o guidão, design do banco e tanque de combustível (para 7,9 litros) plano, que oferece, junto às laterais, maior liberdade de movimento sobre a motocicleta. A parte superior do banco é antiderrapante, para maior aderência.

A diversão começa com o motor monocilíndrico de 4 tempos e 292 cc, com injeção eletrônica de combustível, refrigeração líquida e partida elétrica. A potência máxima é 29 cv a 8.000 rpm e torque máximo é 2,7 kgfm a 7.000 rpm. Possui pistão leve, com saia projetada para minimizar o contato com a parede do cilindro e rolamentos largos da biela para maior durabilidade, duplo comando no cabeçote, 4 válvulas (aumenta o torque em baixa rotação), cilindro revestido com Nikasil, corpo de acelerador de 34 mm (com fornecimento de combustível estável, independentemente das mudanças na temperatura ou altitude), e ignição digital. O escapamento é em aço inox, os radiadores são finos e o câmbio tem seis velocidades. A fábrica informa que o motor oferece performance em ampla faixa de giros, entregando mais potência e torque desde os mais baixos e médios regimes de rotação para superar os rigorosos desafios de uma trilha ou mesmo longos estradões de terra.

O design fino do quadro perimetral de aço com duas traves superiores e da carroceria ajuda o piloto a ficar agarrado na moto, para melhor controle. O quadro é leve e oferece rigidez otimizada para estabilidade em velocidade, enquanto a curta distância entre-eixos (1.435 mm) facilita o manuseio ágil e a alta distância do solo (300 mm) permite uma pilotagem confiante em trilhas. O braço oscilante é de alumínio extrudado.O sistema de suspensão é formado por garfo de 43 mm de diâmetro e 285 mm de curso, e sistema traseiro Uni-Track com monoamortecedor a gás com reservatório piggyback gerando os mesmos 285 mm de curso na roda.

O modelo apresenta freios hidráulicos, com pinça de duplo pistão e disco de 270 mm de diâmetro na dianteira, mesmo tamanho dos modelos KX250/450, e pinça com pistão único e disco de 240 mm na traseira. Um detalhe é que a manete do freio apresenta regulagem. Já as rodas têm grande diâmetro, de 21 polegadas na frente e 18 polegadas atrás, recebendo pneus nas medidas 80/100-21 M/C 51M MST e 100/100-18 M/C 59M NHS, respectivamente.

Com o peso (total) anunciado de 129 kg, sem dúvida a KLX apresenta um conjunto que permite superar com eficiência os obstáculos e contribui muito para o bom desempenho e diversão na trilha. A KLX300R 2025 estará disponível na cor Lime Green e Battle Gray (cinza) e tem previsão de chegada aos concessionários na segunda quinzena de setembro. O preço público sugerido é R$ 37.990,00 (mais frete). A garantia é de 2 anos.

COMPORTAMENTO – Sem perder tempo, tivemos a oportunidade de acelerar este grande lançamento para o mercado off-road e, para isso, contamos com o nosso colaborador Carlos Lázzaro, campeão paulista de motocross, que passa a seguir as suas impressões do modelo que se prepara para invadir as trilhas e pistas nacionais.

“De cara, gostei do seu visual, similar aos modelos da linha KX, bem moderno e agressivo. A posição de pilotagem é muito boa, você fica com o corpo bem para a frente e consegue fazer curvas de forma bem eficiente, melhorando o centro de gravidade. Mesmo sem alterar a posição do guidão, que apresenta quatro posições, ela faz curvas muito bem. É uma moto muito leve, com cerca de 128 kg, e isso facilita bastante na pilotagem.

Fizemos alguns singletracks no meio de árvores e a KLX se mostrou muito ágil, parecendo ser mais leve do que o seu verdadeiro peso. Ela é muito fácil de deitar, mas claro que você tem que conhecer melhor a moto. Mesmo sendo o primeiro contato com este lançamento, o modelo se mostrou bem maleável e ágil.

Chamou a minha atenção também o comportamento do motor, que tem muito torque. A força dela em baixa é incrível, possibilitando algumas subidas sem precisar trocar de marcha e facilitando a condução na trilha, diferente de outros modelos que acaba a força e é preciso reduzir a marcha. Devagarzinho, a KLX vai subindo, subindo. Achei isso muito interessante e importante na condução, mesmo o motor passando a impressão de não ser tão potente.

O sistema de freios se mostrou bem eficiente, com frenagens potentes. Os discos de freio, de 270 mm na dianteira e 240 mm na traseira, são os mesmos da linha KX. Então, você pode confiar na frenagem, que permite uma pilotagem mais agressiva.

Para mim, a cereja do bolo da moto é a suspensão, com um garfo de 43 mm e opções de regulagem (cliques). A dianteira absorve tudo. Nos saltos pequenos durante o teste, ela funcionou perfeitamente. A traseira também é bem equilibrada, com reservatório de nitrogênio e regulagem de retorno e compressão permitindo encontrar um bom acerto.

O preço da KLX é mais alto do que os das suas diretas concorrentes, cerca de 15 mil reais a mais do que o modelo da Honda, mas a Kawasaki lembra que o seu modelo oferece atributos que o aproxima da linha racing KX, como a maior força do motor, com 29 cv de potência; suspensão com garfo invertido, mais robusto (43 mm) e maior curso que as concorrentes, 285 mm, mesmo curso gerado na roda traseira, com o amortecedor oferecendo regulagens de retorno e compressão; freios similares aos da linha KX; e o sistema ERGO-FIT, também encontrado na linha KX”, finaliza Lázzaro.

Resumindo, a moto KLX300R é uma motocicleta de trail de alto desempenho, fácil de pilotar, combinando o melhor do desempenho do motor e do chassi para criar uma máquina com qualidades para enfrentar os desafios do esporte off-road.

ESPECIFICAÇÕES
Motor: 4 tempos, monocilíndrico, DOHC, 4V, refrigeração líquida, partida elétrica
Cilindrada: 292cc
Alimentação: injeção eletrônica DFI, Keihin, corpo de 34 mm
Potência: 29 cv a 8.000 rpm
Torque: 2,7 kgfm a 7.000 rpm
Transmissão: 6 velocidades
Chassi: tipo perimetral, em aço
Suspensão dianteira: garfo invertido, 43 mm de diâmetro, 285 mm de curso, com ajuste de compressão
Suspensão traseira: Uni-Track, monoamortecedor, 285 mm de curso, totalmente ajustável
Freio dianteiro: disco de 270 mm de diâmetro, pinça com pistão duplo
Freio traseiro: disco de 240 mm de diâmetro, pinça com um pistão
Tanque: 7,9 L
Peso (total): 128 kg

Adalto Gomes Filho

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