A Husqvarna conquistou seu último título mundial em 1999, com o italiano Alessio Chiodi, na antiga categoria 125cc 2T. Mas na atual temporada, ela voltou ao topo e conquistou o título da MX2 com o holandês Kay de Wolf. Para essa conquista, o piloto contou com a poderosa e rápida FC 250. Conheça um pouco mais sobre a motocicleta que quebrou o jejum de 25 anos sem título para a marca.
O holandês Kay de Wolf é um piloto de longa data da Husqvarna Factory Racing, tendo ingressado pela primeira vez na equipe de motocross nas categorias juniores em 2019. Desde então, ele acumulou muitos pódios, incluindo sua primeira vitória no GP da Letônia no ano passado.
Procurando desenvolver seu sucesso na temporada anterior, onde chegou a liderar a categoria, de Wolf procurou ser consistente neste ano e desde a primeira etapa assumiu a liderança da categoria MX2, mantendo a placa vermelha até a última bateria, quando conquistou o tão esperado título, apesar de toda a pressão do companheiro de equipe, o belga Lucas Coenen.
Mas o que faz a Husqvarna dominar a categoria MX2, com seus dois pilotos nas duas primeiras posições ao final do Mundial? Para conhecer melhor a FC 250 do campeão de Wolf, apresentamos alguns detalhes e segredos dessa Husqvarna, que colaborou na conquista do campeonato em 2024, 25 anos depois do último título mundial da marca, com o italiano Alessio Chiodi, em 1999.
Como todos sabem, a Husqvarna tem como plataforma o modelo da “parceira” KTM, com o mesmo chassi, motor, braço oscilante e suspensão, entre outros itens. Somente o subchassi e design são diferentes. No motor, encontramos carcaças em magnésio, mais leves e resistentes, e cabeçote, comando, cilindro e câmbio (de 5 velocidades) preparados pelo departamento de competição da empresa. Pistão, anéis e sistema de embreagem (da marca Rekluse, mesma fabricante da tampa do sistema) foram substituídos por peças exclusivas e especiais.
Para melhor performance do motor, a equipe utiliza sistema de escapamento da marca norte-americana FMF, modelo 4.1, todo em titânio e com tampa do silencioso em fibra de carbono e sistema Bomber na curva. Já o sistema de refrigeração foi substituído, ganhando radiadores maiores, mangueiras mais resistentes e bomba d’água especial. Com tudo isso, o motor gera quase 50 cavalos de potência, segundo a equipe.
O chassi em aço cromo-molibdênio foi reforçado e recebeu ajustes específicos para o piloto. O sistema de suspensão é da marca WP (de propriedade da KTM), modelo XACT Pro, com garfo de 50 mm e amortecedor traseiro com regulagens de baixa e alta velocidades exclusivas, além de haste mais grossa. Todos os componentes internos foram substituídos por itens racing, também do departamento de competição da marca, assim como o link. Seguram o garfo as mesas aliviadas e anodizadas em azul, de fabricação da própria marca.
Outros itens substituídos: capa de banco com mais grip, da Guts; pedaleiras menores e com maior grip, em titânio, todos os parafusos substituídos por outros aliviados e em titânio; aros Excel com niples e raios mais resistentes; protetores dos discos de freio (dianteiro e traseiro), da pinça traseira e do motor em fibra de carbono; dispositivo de largada da Kite, mesma marco dos cubos das rodas, construídos em CNC e anodizados em azul; discos de freios da Master e pinças da Brembo; guidão Protaper; e relação com coroa Supersprox e corrente RK.
Com seus dois pilotos como campeão e vice na categoria MX2, a Husqvarna decidiu renovar contrato com a Nestaan para o Mundial, e com certeza irá manter de Wolf, sendo que Lucas se transferiu para a equipe KTM.